Não sei bem se meu último post foi interpretado da maneira que eu pensei quando o escrevi, ou se fui eu quem não interpretou direito os comentários. Alguns foram bem pertinentes, como o Alê, que entendeu exatamente meu ponto de vista. O que não me admira pois, sempre que conversamos, muitas de nossas idéias e pontos de vista batem, talvez por sermos contemporâneos e termos vivido uma realidade um pouco diversa da que os gays vivem de uns dez anos para cá. Perfeito também o comentário do Damien, que eu espero que vire leitor assíduo deste humilde blog e que foi direto ao cerne da questão. Eu mesmo, relendo o post, percebi que minhas palavras soaram um tanto quanto dúbias, dando margem a interpretações variadas. Quando eu falei sobre minha descrença em relação aos relacionamentos e ao amor em si, foi uma mera constatação, não uma lamentação de quem está em busca de um grande amor, mas não o encontra. Sei que também passou a impressão de que nunca vivi um grande amor, o que também não é verdade. Já vivi, sim, alguns grandes amores, já tive um relacionamento de seis anos e cujo ex-parceiro é hoje um grande amigo. Também não quis julgar as pessoas que recorrem ao sexo fácil e rápido quando estão com tesão (até porque eu recorro) e muito menos julgar os casais que procuram terceiros, afinal, estão apenas buscando uma forma de acender a relação e não deixar o cotidiano acabar com ela. Apenas quis demonstrar o quão fácil é conseguir o sexo apenas pelo sexo e o quanto isso ajuda na banalização do amor e dos relacionamentos a dois. E estou realmente tranquilo em minha solteirice (não confundir tranquilo com resignado), porque sei que, quando tiver que aparecer alguém, vai aparecer. Como apareceu antes. Mas, como bem ponderou a Marion, cada vez mais vejo as pessoas idealizarem o grande amor e o relacionamento perfeito. E já quebrei a minha cara por me apaixonar por esses "idealistas". Hoje não tenho urgência, vivo um dia de cada vez, aproveito ao máximo todas as oportunidades e dou tempo ao tempo. E vou fortalecendo minhas convicções para que, quando caminhar novamente ao lado de alguém, será com a plena certeza de que estarei dando e recebendo amor na mesma proporção. Porque, por menos que isso, fico aqui no meu canto, sem sustos e sem dores de cabeça.
segunda-feira, 31 de março de 2008
quinta-feira, 27 de março de 2008
O amor é uma flor roxa?
Minha descrença em relação ao romance e aos relacionamentos amorosos tem aumentado na mesma proporção ao tempo em que permaneço solteiro. Ou seja, minha solteirice tem me permitido ver e viver situações que me fazem perceber o quão banalizado se tornou este sentimento tão cantado em verso e prosa, o amor. "Mágoa de cabloco", dirão alguns. "Amargura de quem andou levando uns tapas na cara", dirão outros. Não nego: minhas recentes experiências na área foram tão frustrantes e decepcionantes que me tiraram completamente o tesão de tentar novamente viver um lance a dois. Ainda hoje comentei isso com um grande amigo. Manter o status de solteiro dá muito menos trabalho. Ainda mais em um mundo no qual o instrumento de trabalho pelo qual vos falo, facilita imensamente na hora em que nossas necessidades primárias (leia-se: fazer sexo) precisam ser atendidas. Mas esta não é a única razão. Em minhas muitas incursões às salas de bate-papo e sites de relacionamento (hahaha!), vejo cada vez mais casais em busca de um terceiro para apimentar a relação, caras que exigem discrição porque são casados (muitos com mulheres) e outros livres e desimpedidos que, como eu, querem apenas uma aventura sem compromisso, porque também não estão a fim de se envolver. Por outro lado, há aqueles que batem no peito e afirmam: "Não quero saber de fast foda! Quero encontrar meu grande amor!" Lindo isso. Daí a biba encontra o "grande amor", namora por dois, três meses, faz bastante sexo e chega à conclusão de que aquele ainda não é "o cara". E bota a fila para andar. Qual a diferença dessa biba e da outra, que procura sexo sem compromisso para uma noite? A hipocrisia. Porque, no fundo, o que a casadoira quer também é trepar. Mas se esconde por trás de um relacionamento, só para não levar a fama de promíscua. Eu, por minha vez, não serei hipócrita de dizer que não sinto a menor falta de estar com alguém. Às vezes sinto sim. Falta de uma companhia para ir ao cinema, para sentar à mesa de um bar, tomar umas cervejas e falar sobre o dia-a-dia. Falta de fazer amor e ficar na cama trocando carícias e falando banalidades até o sono vir... dormir abraçadinhos. Felizmente, vontade é uma coisa que dá e passa. E quando me lembro que posso fazer tudo isso com um grande amigo ou com um sex buddy (e olha que minha lista tem aumentado consideravelmente) sem correr o risco de ser magoado e sofrer, só consigo pensar num ditado muito proferido por uma de minhas tias paternas: "o amor é uma flor roxa, que nasce no coração de um trouxa". E quem sou eu para contrariar a sabedoria popular?
segunda-feira, 17 de março de 2008
Águas de março
Se você se encontrar comigo e perceber o tom verde da minha pele, não se assuste. Não contraí dengue, tampouco estou virando o Incrível Hulk. É apenas o bolor, devido à longa exposição à umidade...
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Às voltas com o leão
Estou puto da vida depois de meia dúzia de tentativas mal-sucedidas de instalar em meu computador o Receitanet (programa utilizado para enviar as declarações do imposto de renda via internet). A porra do programa é baixada do site da Receita Federal, mas na hora de instalar, aparece uma irritante mensagem dizendo que não foi encontrada uma Java Virtual Machine adequada para a instalação, sendo que a máquina possui Java. Haja Prozac!
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Idol
Ando simplesmente vidrado na edição do American Idol deste ano! Me empolgo, torço e me emociono pra valer a cada etapa da competição, a cada eliminação. Já me apaixonei perdidamente por David Archuletta e Ramielle Malubay, dois dos mais jovens competidores, talentosíssimos e super carismáticos. Espero com ansiedade pelo programa da semana e estou admirado como este anos os homens estão se destacando, já que no ano passado as garotas roubaram a cena. Até mesmo o júri anda numa vibe mais alto astral, mais harmoniosa, nesta edição do reality. O único porém é que, quando acaba, sinto uma tremenda frustração por ter nascido sem um pingo de talento musical. Nem para cantar em videokê.
terça-feira, 11 de março de 2008
Me dá um dia de 34 horas?
Não, não sumirei por mais três meses. Acontece que na última semana, devido a vários problemas operacionais que ocorreram no escritório, trabalhei feito um camêlo, quase todos os dias além do meu horário. Como resultado, estava chegando em casa todos os dias mais tarde, destruído, sem a menor condição física ou mental de sequer raciocinar. Esta semana as coisas começaram a melhorar. Mas talvez ainda leve alguns dias para tudo entrar nos eixos.
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Alguma coisa acontece...
Para dar uma relaxada e aliviar um pouco a tensão, dei um pulo a Sampa. Fui visitar Wans e Alexandre, um casal de amigos muito querido que, como sempre, me recebeu e hospedou fantasticamente. E eles moram em um lugar incrível da capital paulista, na Rua Major Sertório, próximo à Praça da República, onde se respira um ar de diversidade como em poucos lugares que eu conheço. Uma região onde, durante o dia, bibas de todos os tipos e casais gays convivem harmonicamente com senhorinhas aposentadas e, durante a noite, travestis e michês dividem o espaço democraticamente. Sim, alguma coisa acontece no meu coração, quando eu cruzo a Rego Freitas com a Marquês de Itu...rs!
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Nota de três reais
Não tenho acompanhado a oitava edição do Big Brother Brasil. Não literalmente. Mas é difícil não se saber o que está acontecendo, pelas conversas durante o cafezinho no trabalho, nas rodas de amigos ou entre os familiares que assistem. Mas uma coisa é fato: pelo pouco que vi do programa na tevê e pelos comentários que ouço, acho que a única explicação para o pretenso psiquiatra Marcelo continuar confinado na prisão de luxo é a manipulação da edição ou até mesmo dos resultados. Sempre tive o pé atrás com seu jeito histriônico. E o modo como ele revelou ser gay foi, na minha opinião, totalmente não convincente. Não que eu não acredite que ele seja gay, pelo contrário. Creio que ele seja sim. Mas o que eu duvido é da verdadeira intensão dele em expor isso. Não foi como Jean Willys, que se abriu sobre sua sexualidade como meio de auto-defesa, como quem diz: "Sou gay, se vocês acharam que iam me atingir, me incomodar com insinuações sobre isso, não estou deixando a menor dúvida". Marcelo claramente não teve esta intensão. Aliás, nem imagino qual tenha sido sua intensão. Porque tudo que este cara faz me parece um jogo ou uma maneira de manipular os companheiros de reality show. Acho até que vou perder meu tempo assistindo a eliminação de hoje, só para torcer muito para que ele saia.
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