quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

De volta à realidade...


Recife foi perfeito! Desde a recepção no desembarque do aeroporto ao grito de "U-hu, Nova Iguaçu!" ao sobe e desce das ladeiras de Olinda que me fez suar em bicas, passando pelo passeio de catamarã pelos rios Capibaribe e Beberibe ao lado da Ril, pelas andanças pelas ruas do Recife antigo, as praias paradisíacas e as expedições noturnas pelo bairro Boa Vista, onde pude conhecer as atrações noturnas desta quente capital pernambucana. E que "atrações"... rs!!!

Bem, é muita coisa pra contar, meu dia hoje foi corrido e finalmente minha mãe se internou no final da tarde e passará pela cirurgia amanhã de manhã. Com toda essa correria, ainda nem baixei as fotos. Mas podem aguardar, que contarei minhas peripécias em doses homeopáticas e postarei algumas fotos destes cinco maravilhosos e inesquecíveis dias, que me deixaram um gosto de "quero mais".

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Updating!


Ufa! Bem que eu tentei postar minhas peripécias de Carnaval antes que o mesmo acabasse, mas a gandaieira foi tanta e o tempo tão escasso, que meu computador foi o único que descansou. Nem liguei o bichinho desde o último post. Hoje então, que correria! Deixar tudo em dia para uma ausência de cinco dias e ainda por cima arrumar minha mala, tarefa árdua que eu odeio com todas as minhas forças, tomou todo o meu dia. É bem verdade que meu dia começou ao meio-dia, já que fui dormir às 8 da manhã. A última noite de Carnaval rendeu! E amanhã, Hellcife!!! Mas, voltando ao Carnaval, como estou muito cansado para os detalhes, farei um breve resumo, com ajuda da trilha sonora:

É carnaval, é a doce ilusão, é promessa de vida no seu coração!

Pra quem estava esperando passar o Carnaval dentro de casa, vendo os desfiles pela tv, eu me surpreendi! Nenhum dos meus amigos viajou e acabei parando em São Paulo no sábado, no domingo e na terça! Dancei pra caramba, cantei, desestressei e... bem, o resto é consequência!

Vou te levar pro infinito, vou te beijar do jeito mais bonito!

Porque Carnaval em Sampa tem que ter hino da Gaviões!

E vai mexendo pro lado de lá! E vem quebrando pro lado de cá!

Dancei muita axé music! Não tem ritmo melhor pra exorcisar as preocupações e ansiedades. É só começar a requebrar, seguir aquelas coreografias fáceis e divertidas, fazer uma linha "hips don't lie" e pronto!

I don't wanna do this anymore, I don't wanna be the reason why...

Carnaval gay em Sampa é assim: em qualquer lugar que se vá, sempre tem a "pista 2", rolando techno e dance music, para aqueles que não curtem samba, axé e cia ltda, ou para aqueles que simplesmente querem variar o ritmo.

Que ti-ti-ti é esse que vem da Sapucaí?

Claro que eu tinha que saber o que a galera tava aprontando no Rio... liguei pra Batalha justamente quando ela tinha acabado de "atropelar" o bonde em Santa Tereza! E ela estava no maior gás! Afinal, dali a algumas horas, Miss Battle estaria fazendo sua estréia na Sapucaí, no desfile da Mangueira... também falei com o Cláudio (tem gaúcho no samba!) e com o Ary (uéééénnnnnn). Me deu uma puta vontade de estar lá com eles... quem sabe no próximo!

Bebeu água? Nããão!!! Tá com sede? Tôôô!!!

Que calor é esse que anda fazendo? A temperatura ferveu, em todos os sentidos... aquecimento global my ass! Cheguei a passar mal! O que salvou a pátria foi a piscina do Mauricinho, onde nos refrescamos e nos divertimos muito durante as tardes do feriadão. Aliás, a ordem do dia no Carnaval foi:

Acorda, bunita!

Eram as bees se ligando e se acordando pra ir pra piscina tomar sol... rs!!! Bom demais!!!

Já beijei um, já beijei dois, já beijei três...

Precisa explicar? Aliás, essa parte vai ter continuação no Recife, afinal, falei com Ril agora há pouco e ela já me adiantou que a cidade está um fervo só e que as bees estão dominando!

*********************

É isso, galera! Bem, vou me ausentar por mais alguns dias. Se eu tiver tempo (e saco), tentarei postar alguma coisa ainda durante a viagem. Se não, até a volta!

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Carnaval a mil!!!

E eu que imaginei que meu feriado seria um tédio! Ao contrário do que eu esperava, meu Carnaval está sendo pra lá de agitado. Entre São José e São Paulo, nas últimas 48 horas, dormi umas 10... e hoje tem Sampa de novo! Bas Fond, lá vamos nós!
Ah, dormir pra quê? Eu quero é me acabar! Já estou de férias mesmo... Mas prometo que, antes que o Carnaval acabe, eu atualizo o blog. Coisa pra contar é o que não falta...

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Sábado nostálgico...





Apesar de me considerar joseense de coração, viver aqui desde os quatro anos de idade e adorar esta cidade, não posso negar que minhas raízes mineiras se manifestam fortes toda vez que vou para Brasópolis, pequena terra natal, minha e de Wenceslau Braz, pacatamente incrustrada no meio da Serra da Mantiqueira . Estive em Brasópolis ontem com meus irmãos Sandra e Alexandre, para contarmos aos meus dois tios que lá vivem o problema de saúde de minha mãe.


Preferimos fazê-lo pessoalmente e não por telefone. E não teve jeito: estar em Brasópolis ontem me encheu o coração de saudades profundas. Saudades de minhas férias escolares da infância e começo da adolescência, todas passadas lá. Saudades de meu querido avô e sua casa antiga, cheia de janelas, com piso de tábua corrida, porão e fogão de lenha. Saudades de Tia Georgina e sua cristaleira cheia de bibelôs em sua sala de jantar, com as paredes repletas de quadros com fotos dos garbosos bailes no clube social da cidade, nos anos 50, 60 e 70. Saudades dos deliciosos doces em compota de Tia Isolina que, por ironia do destino, era diabética. Saudades das tilápias do rio Sapucaí e das tediosas pescarias com o Tio Marquinhos e o Tio Juca. Saudades dos banhos de cascata no verão e da chuva que sempre caía no final da tarde, deixando no ar aquele inconfundível cheiro de paralelepípedo molhado. Saudades das infindáveis tardes e noites jogando intermináveis partidas de War com os meus primos. Saudades dos rolês noturnos na praça da matriz e das paquerinhas na lanchonete. Saudades de minha primeira paixãozinha platônica por um garoto, aos 13 anos, e dos sundays que rachávamos na sorveteria.

Estar em Brasópolis ontem me encheu o coração de saudades... saudades de um tempo onde as coisas pareciam muito mais fáceis. E a vida menos ingrata.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Dar tempo ao tempo





Há dias eu estava com o dvd de "A Casa do Lago" (The Lake House, 2006) nas mãos, mas, devido ao meu estado emocional precário, confesso que estava meio receoso em assistir. Antes tivesse visto logo, pois com certeza teria me animado um pouco. Com uma história inteligente, o filme convence e a dupla Keanu Reeves - Sandra Bulock continua funcionando muito bem.

Brincando com a Teoria da Relatividade e a linearidade do tempo, o roteiro abusa de loopings temporais para dificultar a vida do casal apaixonado. Porém, mais do que o tempo cognitivo e mensurável, o filme mostra a importância do timing interno de cada um de nós. Aquele que diz qual a hora certa de se apaixonar ou não por alguém. E se eu disser mais do que isso, vai acabar perdendo a graça. Mas vale muito a pena assistir.
P.S.: Déia, não foi inveja do comentário em seu blog, mas eu tinha que comentar também!

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Sexta-feira "alternativa"







Ontem, depois de um período de clausura auto-imposto, vivendo no esquema casa-trabalho-casa, decidi que uma das medidas a tomar para sair de meu baixo-astral emocional será retomar a minha vida social. Isso determinado, passei a mão no celular e liguei para o meu amigo Dudu. Ninguém melhor que ele para melhorar o astral de qualquer um. Pois bem, combinei de dar uma passada em sua casa mais à noite. Chegando lá, conversamos bastante, colocamos os assuntos em dia, contei-lhe meus recentes problemas e ele, como sempre, me deu alguns bons conselhos e palavras de apoio. E claro, contou-me algumas de suas aventuras entre algumas Skol Lemon (como é gostosa!) e uma porção de salaminho. E, pra variar, as histórias de Dudu me fizeram rir um bocado.

Até aí minha noite já teria valido a pena. Mas, lá pelas tantas, nosso amigo Mauricinho (sim, eu tenho um amigo Mauricinho...) ligou para ele pra saber se iria fazer algo. Dudu comentou que eu estava em sua casa e ele nos convidou para ir ao bar Alternativo. Não, não se trata de um estilo. O nome do bar é Alternativo mesmo. Eu topei acompanhá-los, até porque não conhecia o bar e achei que seria bom ver pessoas, ouvir uma música e beber mais um pouco.

Há tempos ando desanimado de sair em São José. Tudo bem que a cidade nunca foi uma meca gay (perdão pelo cacófato horrível), mas de uns tempos pra cá a falta de opção anda gritante. Depois do fechamento de duas boates imposto por "forças ocultas" (mas nem tanto), havia sobrado apenas um bar gay na cidade, que simplesmente lotava e acabava se tornando desconfortável, por ser pequeno e não suportar o público gay da cidade (que não é pequeno). Logo abriram-se mais dois bares. Num deles, no qual eu também nunca fui, ouvi dizer que o movimento anda fraco. E neste Alternativo Bar, que segue uma linha mais trash, até que estava dando uma boa galera.

Desmunido de preconceitos, resolvi então conhecê-lo, na companhia dos meus amigos. Valeu a noite. Dei muita risada! O lugar é a síntese do trash, a começar pelo ambiente. O bar, na realidade, já virou uma pequena buatchy, com pista de dança, palco para show de drag e até dark room. Aliás, o show em si foi de rolar de rir, com a drag Cibelly Xuxu (?) encarnando uma Beyoncé rápida e fazendo Dejà vú, com uma roupa estilo maiô colante com uma abertura na frente, deixando aparecer metade dos pêlos pubianos, depilados como se fossem uma xoxota. Precisa dar mais detalhes?

O povo que frequenta é uma atração a parte. Dificilmente eu arriscaria uma paquera por lá, acho que o teor de álcool na minha corrente sangüínea teria de estar muito elevado para tanto. Mas que foi muito divertido ficar observando aquela galera exótica dançando e se divertindo enlouquecidamente, isso foi. E fica a liberdade para você interpretar o eufemismo.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Em homenagem ao dia de hoje

Canto Ao Pescador

Cheiro De Amor
Composição: Indisponível




Jogou sua rede
Oh, pescador!
Se encantou com a beleza
Desse lindo mar
Dois de fevereiro
É dia de Iemanjá
Levo-te oferendas
Para lhe ofertar
E sem idolatria
Olodum seguirá
Como dizia Caymmi
Insigne o homem cantando a encantar
Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar meu bem querer


Sei que o mar da história é agitado
E o Olodum a onda que virá
Em forma de dilúvio vem me despertar, amor
Em forma de dilúvio vem exterminar
Com seqüelas racistas
E trazendo ideais de amor e paz
Oloxum, Inaê, Janaína
Mara, Mara, Mara, Marabô, Caiala
Sobá
Viaja, ê
Se baila
Me leva, Olodum, em tua onda
Que eu quero ir (viajar)


Olodum, navio negreiro
Atracou em Salvador
Trouxe a música emitindo ideais da negra cor
E hoje exalta o mar, condutor da embarcação
E hoje exalta o mar, condutor da embarcação


Viaja, ê
Se baila
Me leva, Olodum, em tua onda
Que eu quero ir (pro mar)
Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar meu bem querer
Se Deus quiser
Quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer