segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Sobre escolhas, perdas e arrependimentos







O "efeito borboleta" é a parte que mais me fascina na Teoria do Caos, pois suas aplicações são muito mais extensas do que parece. Para quem não conhece, a teoria do "efeito borboleta" reza que se uma borboleta bate as suas asas, o deslocamento de ar provocado por este ato pode ir crescendo progressivamente, ao ponto de, quando chegar do outro lado do mundo, ter se transformado em um tufão.

Assim são as escolhas na vida da gente. Um simples não dito hoje pode determinar os rumos que nossa vida irá tomar dentro de um, cinco, dez anos. Ou mais. Mas escolhas são necessárias. A vida é feita delas. Fazer ou não esse curso. Mudar ou não de cidade. Casar ou não. Ter filhos ou não. Cada escolha da vida tem a sua frente um leque de possibilidades e probabilidades incalculáveis.

Nos últimos dias tenho refletido muito sobre as minhas escolhas, tentando imaginar que rumo teria tomado a minha vida caso eu tivesse feito escolhas diversas às que fiz. Claro que não cheguei à conclusão nenhuma. É impossível saber. Mas uma coisa que me deixou perplexo depois de algumas horas queimando os miolos com estas reflexões foi me dar conta de que, qualquer que seja a escolha que se faça e por mais que haja resultados positivos, sempre haverá perdas, algumas vezes pequenas, outras vezes grandes. E arrependimentos pela escolha feita.

Este é o grande problema da tendência negativista da maioria dos seres humanos. Superlativar as perdas advindas de uma escolha, em detrimento aos ganhos obtidos, pode ser altamente prejudicial à saúde mental de qualquer indivíduo. Já me arrependi muito de algumas escolhas que fiz, devido às perdas e sofrimentos que resultaram delas. Mas não existe máquina do tempo em que se possa entrar e voltar ao ponto onde as coisas começaram a dar errado, ou simplesmente começaram, pra tentar mudar tudo. Até porque, dificilmente se tem a consciência deste momento. Assim sendo, prefiro me apegar a tudo que resultou de bom de cada uma das minhas escolhas e aprender a conviver com os arrependimentos, sem encanações e sem maiores sofrimentos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse texto nos faz refletir sobre o quão podemos nos arriscar em tais decisões. Acho mesmo que seria pior não tomá-las, pois a dúvida do que poderia ter sido continua sendo pior do que realizá-la.

Espero que vc esteja bem, Fê.

bjs

Andrea disse...

Eu também, Fernando. Olho para a minha vida hoje (resultado das minhas escolhas) e não penso mais no que perdi porque sei que ganhei.

Que papop de b~ebado...hahaha

Ana disse...

Eu costumo pensar mais no que ganho com minhas escolhas. Mas sou taurina, né, levo décadas pra tomar as decisões realmente importantes.

Anônimo disse...

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