Victor ou Victoria?

Hoje recebi um convite pra lá de inusitado. Uma amiga lésbica me chamou para ir a um bar GLS aqui da cidade hoje à noite para prestigiá-la, pois ela estaria participando de um concurso promovido pela casa.

Até aí, tudo bem. Se o referido concurso fosse de "Melhor Imitação de Ana Carolina", "Melhor Coçada de Saco", "Melhor Mala Fake Feita Com Bola de Meia" ou "Melhor Escarrada à Distância". Mas não. Era o concurso "Lesbian Drag Vale do Paraíba". Como assim? Simples assim: lésbicas que se montam como drag queens e fazem show.

Lembrou alguma coisa? Pois é! O diretor Blake Edwards teve essa idéia em 1982 e escalou a diva Julie Andrews para colocá-la em prática. Daí surgiu o ótimo filme que dá nome a este post. A diferença é que sua personagem, Victoria Grant, não é lésbica, mas finge ser um homem, o Conde Victor Grezhinski, que por sua vez é transformista. Ou seja, ela se fantasia daquilo que realmente é, uma mulher. Daí a semelhança com o concurso do Gaiola Bar.

Esta amiga lésbica é, praticamente, um viado em corpo de sapatão. Por isso acredito que o programa seria, no mínimo, muito divertido. Só que, com este frio que está fazendo e tendo que acordar antes das sete da manhã para trabalhar, nem por um caralho com asas eu deixo o aconchego do meu lar para cair na night. Mas que eu fiquei muito curioso pra ver o resultado dessa brincadeira, isso eu fiquei.