quarta-feira, 13 de junho de 2007

Já é hora de dormir...

...Não espere mamãe mandar
Um bom sono pra você
E um alegre despertar!

Este jingle certamente faz parte das memórias de infância de todo adulto com mais de 30 anos, pelo menos aqui nas regiões sul e sudeste. E dificilmente existe alguma casa na qual não teve, ou ainda tenha, uma manta ou cobertor Parahyba.

Para mim, particularmente, essas lembranças são ainda mais fortes. A Tecelagem Parahyba foi uma indústria pioneira em São José dos Campos. Começou a funcionar nos anos 20 do século passado e se tornou uma gigante do ramo têxtil brasileiro, tendo seus produtos exportados para vários países. Infelizmente, como a maioria da indústria têxtil do país, sucumbiu às empresas estrangeiras, principalmente as chinesas, quando da redução da carga tributária para produtos importados, a partir do governo Collor. O que era uma potência, acabou reduzida a uma cooperativa de alguns bravos resistentes empregados, que se sustentam com a venda do produto que fabricam.

A Tecelagem Parahyba está intimamente ligada a minha infância, pois a fábrica fica no bairro onde moro desde os sete anos de idade, bem próxima a minha casa. Sim, ela ainda existe e é um patrimônio arquitetônico belíssimo de São José, um dos poucos, por sinal. O complexo inclui ainda uma fábrica de laticínios, fechada há muitos anos, e a fazenda, com sua sede construída por Rino Levi (arquiteto da equipe de Oscar Niemeyer) e jardins com projeto paisagístico de Burle Marx. A Fazenda Santana do Rio Abaixo, como era chamada, foi tomada pela prefeitura para o pagamento de dívidas e transformada em um parque municipal. O prédio da fábrica em si, abriga hoje, além da cooperativa onde ainda se fabricam os cobertores e mantas, uma fundação cultural e alguns órgãos públicos.

Mas a velha Tecelagem Parahyba sempre estará na memória dos joseenses e seus cobertores e mantas na memória de muitos brasileiros. Assim como este comercial aqui:

Este post foi inspirado em sugestão da Andrea Batalha, que me intimou a postar este "reclame", tosco, porém muito fofo, que passou na tevê ao longo de quase duas décadas, entre os anos 60 e 70.

10 comentários:

Olha...e se eu pudesse entrar na sua vida... disse...

a pessoa louca aqui tem mais de 30, é do sudeste, e num se lembra. Preciso de memorex urgente!

ps. fiona e florzinha são demais mesmo! tks!

Andrea disse...

Tosco , nada...que lembranças quentinhas. Valeu, Fer!

Também adorei saber um pouco da sua cidade que, afinal de contas, não faz só avião é home gostoso, néammm?

Bjs

Anônimo disse...

Eu tenho menos de 30, acho que por isso não lembrei de nada.

Márcio Mendes disse...

Eu estou exatamente na casa dos 30!!!
não me lembro deste comercial, mas me lembro que eu tinha um destes cobertores que com o passar do tempo viravam uma espécie de "monstro do armário"....ahahahaah

Galega disse...

eu tenho 34 mas morava no Nordeste!

Fer, depois me ensina a postar vídeos tb?

beijo

Fê Guimarães disse...

Sério, Mari? Eu pesquisei, o comercial foi veiculado de 1961 a 1978! Por aí você vê o apelo que tinha. É mais ou menos como aquele comercial de inverno das Pernambucanas, que postarei em breve.

Aliás, uma vez por semana farei uma viagem no tempo e postarei um comercial do tempo do onça, pra gente recordar...

Déia, São José tem uma história recente bem interessante... também contarei um pouco da história da cidade aqui no blog.

Isa, com menos de 30 fica difícil lembrar mesmo, você era um bebê na época...rs!

Márcio, como eu falei, poucas casas não tiveram um desses cobertores, com o desenho do garotinho de camisolinha de bolinhas, gorrinho e vela na mão, bocejando...

Ril, acho que nem se vende cobertor por aí, né? Rsrs!!!

Wans disse...

Gente, eu lembro desse comercial. Deveria me sentir velho?

Fê Guimarães disse...

Não, Wans, considere-se um cara com uma memória privilegiada!

Galega disse...

Fer, aqui em PE tem o Circuito do Frio, q acontece nos meses de inverno nas cidades serranas do estado.

As pessoas se vestem super chics,se agasalham dos pés a cabeça, é um festival de inverno famozéeeerrimo!

Eu que nunca fui e nem faço questao de ir, já me basta a infância no Sul!

Ana disse...

Eu bem tinha um cobertor desses!